Goodbye, Alice in Wonderland.
Peçam-me para fazer coisas que eu não gosto. Ir no supermercado. Marcar médicos. Sair com desconhecidos que possuem amigos em comum. Acordar cedo. Ter ensolação depois de horas na praia. Discutir com os pais. Pegar um avião. Mudar do verão perfeito do Rio de Janeiro para o inverno depressivo de Washington.
Mas, por favor, não me peça para despedir-me de você. Dizer adeus antes do tempo. Fechar o que nem começou. Terminar um livro sem sequer lê-lo. Abrir um baú antigo repleto de documentos e histórias, totalmente novas aos seus olhos, mas ter que fechá-lo antes mesmo de sentir o áspero das páginas amareladas.
E assim eu vou embora, sem ter você.
E todos os castelos de fantasia que eu criei desabaram.
E todos os sonhos fantásticos que eu projetei, se desfizeram.
Tudo aquilo que eu guardara para um dia lhe dizer ficou engasgado na garganta. Sem conseguir sair, perdido em um meio-termo infindável.
Prefiro agulhas incandescentes, solos gélidos, a ter que perder você para a distância, te deixar para trás na impossibilidade temporal, na distração proposital ou não da sua mente. Pensar em você me destrói totalmente por dentro, mas é impossível impedir.
Quando eu estiver completamente oca, talvez eu consiga não sentir dor alguma ao lembrar dos seus olhos refletindo a luz.
Isto sim, é uma despedida.
Enquanto você sequer imagina, vou ali tentar consertar a cratera em minha alma.
Mas, por favor, não me peça para despedir-me de você. Dizer adeus antes do tempo. Fechar o que nem começou. Terminar um livro sem sequer lê-lo. Abrir um baú antigo repleto de documentos e histórias, totalmente novas aos seus olhos, mas ter que fechá-lo antes mesmo de sentir o áspero das páginas amareladas.
E assim eu vou embora, sem ter você.
E todos os castelos de fantasia que eu criei desabaram.
E todos os sonhos fantásticos que eu projetei, se desfizeram.
Tudo aquilo que eu guardara para um dia lhe dizer ficou engasgado na garganta. Sem conseguir sair, perdido em um meio-termo infindável.
Prefiro agulhas incandescentes, solos gélidos, a ter que perder você para a distância, te deixar para trás na impossibilidade temporal, na distração proposital ou não da sua mente. Pensar em você me destrói totalmente por dentro, mas é impossível impedir.
Quando eu estiver completamente oca, talvez eu consiga não sentir dor alguma ao lembrar dos seus olhos refletindo a luz.
Isto sim, é uma despedida.
Enquanto você sequer imagina, vou ali tentar consertar a cratera em minha alma.
Comentários
pena q é triste =/
despedir-se de algo q não foi é triste, mas antes ter certeza do q se manter na dúvida...
mas não abra mão de wonderland por alguém!
ele é seu só seu!
e a parcela sua q ninguém vêm ninguém conhece, amores q não foram não podem destruir...
:P
(nossa! como eu falo besteira! >.<)
;*
Mulher mais adorada!
Agora que não estás, deixa que rompa
O meu peito em soluços! Te enrustiste
Em minha vida; e cada hora que passa
É mais por que te amar, a hora derrama
O seu óleo de amor, em mim, amada...
E sabes de uma coisa? Cada vez
Que o sofrimento vem, essa saudade
De estar perto, se longe, ou estar mais perto
Se perto, – que é que eu sei! Essa agonia
De viver fraco, o peito extravasado
O mel correndo; essa incapacidade
De me sentir mais eu, Orfeu; tudo isso
Que é bem capaz de confundir o espírito
De um homem – nada disso tem importância
Quando tu chegas com essa charla antiga
Esse contentamento, essa harmonia
Esse corpo! E me dizes essas coisas
Que me dão essa força, essa coragem
Esse orgulho de rei. Ah, minha Eurídice
Meu verso, meu silêncio, minha música!
Nunca fujas de mim! Sem ti sou nada
Sou coisa sem razão, jogada, sou
Pedra rolada. Orfeu menos Eurídice...
Coisa incompreensível! A existência
Sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos. Tu
És a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo, minha amiga
Mais querida! Qual mãe, qual pai, qual nada!
A beleza da vida és tu, amada
Milhões amada! Ah! Criatura! Quem
Poderia pensar que Orfeu: Orfeu
Cujo violão é a vida da cidade
E cuja fala, como o vento à flor
Despetala as mulheres - que ele, Orfeu
Ficasse assim rendido aos teus encantos!
Mulata, pele escura, dente branco
Vai teu caminho que eu vou te seguindo
No pensamento e aqui me deixo rente
Quando voltares, pela lua cheia
Para os braços sem fim do teu amigo!
Vai tua vida, pássaro contente
Vai tua vida que estarei contigo!
Vinicius de Moraes
Nada que eu diga vai te fazer sentir melhor, então não direi nada, mas torço pra que alguém consiga fazer voltar o sorriso no teu rosto.
Bjitos!
Me manda teu endereço que eu te mando um pack de guaraná caçulinha sabor Brasil, quer? Pra matar as saudades.