Delusions Over Cappuccino
Eu quase quis pendurar seu enfeite. Ele iria ficar no canto do quarto, onde eu pudesse olhar o reflexo do sol e pensar que é a coisa mais bela e dolorosa que ganhei, ao mesmo tempo. Que eu pudesse admirar suas ondas e elipses e o amargo que veio com seu beijo de Feliz Aniversário. Para lembrar de como eu gostaria de ter pulado esse aniversário no calendário, e todo o mês que se seguiu logo depois. Um espaço branco em Dezembro, ou seria um buraco negro? Sugando a vida do mês seguinte, como apenas um buraco negro saberia fazer. E Janeiro seria desimportante, e ainda amargo, como o café sem açúcar que você cisma em beber. Mas o amargo do seu beijo não foi por causa do café. Já Fevereiro seria diferente, e este estaria adornado com cores, rabiscos e mais vazio. Porque desde aquele aniversário, o vazio tem permeado os sorrisos. Fevereiro teria também uma fita vermelha, e o enfeite giraria sozinho no teto. Sem brisa. Mas ele parou, na minha mente, claro. Porque é o único lugar onde ele realm...