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Mostrando postagens de fevereiro, 2008

Delusions Over Cappuccino

Eu quase quis pendurar seu enfeite. Ele iria ficar no canto do quarto, onde eu pudesse olhar o reflexo do sol e pensar que é a coisa mais bela e dolorosa que ganhei, ao mesmo tempo. Que eu pudesse admirar suas ondas e elipses e o amargo que veio com seu beijo de Feliz Aniversário. Para lembrar de como eu gostaria de ter pulado esse aniversário no calendário, e todo o mês que se seguiu logo depois. Um espaço branco em Dezembro, ou seria um buraco negro? Sugando a vida do mês seguinte, como apenas um buraco negro saberia fazer. E Janeiro seria desimportante, e ainda amargo, como o café sem açúcar que você cisma em beber. Mas o amargo do seu beijo não foi por causa do café. Já Fevereiro seria diferente, e este estaria adornado com cores, rabiscos e mais vazio. Porque desde aquele aniversário, o vazio tem permeado os sorrisos. Fevereiro teria também uma fita vermelha, e o enfeite giraria sozinho no teto. Sem brisa. Mas ele parou, na minha mente, claro. Porque é o único lugar onde ele realm...

Speak Low If You Speak Love

Eu espero. Aqui, enquanto você sai com ela. Calada e nua no quarto ao lado, enquanto vocês falam ao telefone. A minha vez, enquanto ela nem sonha ser enganada. Cinco minutos, enquanto você decide que devemos parar por aqui. Me convenço de que não posso esperar. E no fundo sei que não faz o menor sentido fazê-lo. Mas acabo fazendo, quando você estaciona na minha portaria, pedindo para eu descer. Até quando? What a find, If I could I’d hit rewind and replay All the moments that I wished, I could’ve called you mine

Here He Comes...

Porque você vem, e é como se nada tivesse acontecido. Você se deita ao meu lado, e em meio a risadas pede para ficar assim pra sempre. Você quase faz com que eu me esqueça que sou a segunda opção. E você traz cheiro de café e de carro azul, e música das nove horas. Sempre, música que me faz viciada em três tempos. E com você tudo é hipérbole. Em um dia mais coisas são feitas do que foram em duas semanas. E você tem o dom do inesperado. E o que eu não te conto? Absolutamente nada. Você possui o irritante hábito de tirar tudo de mim. E você assiste tv enquanto eu te encaro. E a naturalidade se encaixa perfeitamente à singularidade da situação. E a extravagância da situação torna os sentimentos tão obviamente impossíveis que só não é gritante por excesso de segredos. Ensine-me agora como ser insensível a todas essas coisas. Você certamente tem doutorado nisso. He’s never enough And still leaves more than I can take Cause I don’t know I don’t know what he’s after But he...