Acorda, Alice!

Quando tudo parece estar mais perfeito que o azul celeste, a vida lhe dá uma patada com garras de aço, arrancando os pontos da ferida que você nem mais lembrava ter no rosto, e que já havia cicatrizado. Uma vez que você tem um sonho, eles nunca permitirão que você o concretize. No fim, você acaba sendo apenas mais um anjo caído .

Tão retraído Nunca diria a ela que ele estava aproveitando ao máximo a vida Extremamente expansiva Ela teve que se conter para não trair seus recursos Seu entusiasmo era automaticamente interrompido Palavras escolhidas eram silenciadas no momento do encontro Sorrisos retraídos e sinceros Piadas cuidadosamente escolhidas Rápidas e profundas afrontadas Olhares insinuantes, porém não intencionais Logo ele parte temporariamente Tempo suficiente para ela para modificar suas decisões Escolha difícil, sabiamente feita: “Lembranças não mais aparecerão” Ocasionalmente ela censura a si própria Por não suceder em esquecer o perfil dele As coisas se acalmam em sua mente Subconscientemente sua inesperada aparição acontece Mais rápido que num piscar os planos antigos substituem os apenas feitos Freneticamente a pulsação aumenta de maneira considerável O calor humano de um contato de pele Traz à mente dela inesquecíveis instantes (Perdidos na memória dele) No momento em que seus lábios ilusórios toca...

Quando vai chegar o dia em que você largar todo resto por mim? Esquecer as dificuldades e impossibilidades, saltar as barreiras sem receio e pular diretamente em meus braços? Se entregar completamente? Enquanto eu espero, enquanto eu já me entreguei totalmente. Há tanto tempo. Será que você não percebe isso? Amores envoltos em receios, problemas e preocupações são amores pela metade para mim. E um amor pela metade não me sustenta. É difícil saber que você me pertence, mas não ter os teus pensamentos. Tão difícil que dói, mesmo você me amando. E derramar lágrimas por você me faz sentir como se eu não o possuísse.

Até quando é difícil sorrir pela felicidade que quem já te fez tanto infeliz quanto a pessoa mais feliz na face da terra? Até quando se pode viver de passados, sem atropelar o presente ou engarrafar o futuro? Até quando você vai ser um pixel morto no visor da minha vida?

"Por isso eu atravesso o teu futuro, e faço das lembranças um lugar seguro Não é que eu queira reviver nenhum passado, nem revirar o sentimento revirado..." Porque não é impossível deixar de necessitar alguém a ponto de não conseguir respirar, mas deixar de sentir uma lasca de dor por um passado vívido na memória é quase como andar por caminhos tortuosos que só fazem voltar ao começo e nunca terminam. Lágrimas que caíram rasgando a pele do rosto deixam cicatrizes invisíveis porém não indolores. Você não pode curar as feridas da minha alma, mas pode me anestesiar.

Nesta noite jaz a dor dele Ele entrará e não sentirá ninguém ao seu lado O vento agitando as cortinas É o mesmo que a leva embora Três luzes acesas, uma vida apagada Não será fácil se conformar Segredos levados à lugar algum Face sem vida, beleza esquecida O que ele deverá abraçar? Uma fada caída, uma anja derrotada? Querendo chorar Pela vida ele tenta Fazer seus caminhos Não mais unidos aos dela

Visions in my mind don’t show me what bugs me at night Images like strange thoughts of you that never fade away My mind remains frozen in a moment which does not belong to me And yet I wish it did, I wish it did Beneath this deep dark sea of feelings Where the waves do not reach, I can hear your soft voice Calling me out from a long lasting good dream Into a well-known past nightmare Why, why do your eyes still shine Reminding me that bright I pained to forget Daring my fullfilled heart To fall for once and for all

Tudo muda, tudo passa, o mundo dá voltas. Não olhe agora, mas quando olhar, lembre-se de guardar bem rostos e fatos. Eles baterão em sua porta mais tarde de novo. E não esqueça de fazer o que quiser. Você queria forças para voar? Passou, o segundo se foi, e você nem as asas abriu ainda. E agora, chore por este segundo perdido, ou faça algo melhor pelo próximo. A vida é curta, viva-a superficialmente e tudo dará certo, pare para se preocupar e você criará um engarrafamento. A vida é psicológica: visões, pensamentos, toques, aromas, ações, sentimentos, todos giram sempre em torno do cérebro, que é eternamente responsável por eles, e pela vida também. Inigualavelmente irônico, o amor é psicológico. Sua cabeça lhe diz que você precisa daquela pessoa perto de você, pelo contrário, você será eternamente infeliz, e você acredita. Por quê? Porque somos fracos o suficiente para sucumbirmos diante de um simples sentimento, talvez. Ou não tão simples assim. Mas se sua cabeça diz a você.... o que ...

You shout Perhaps for experiencing the pain Of gashing both wings You laugh, Sometimes, As you’ve forgotten You’re not between them anymore Down in your beliefs You pray where you stand Whispering words You can’t even comprehend Once you’ll understand We’re all bounded To a similar end Frantically smashed by harsh claws Your soul remains at law Your corpse is no longer useful Repented, you set yourself hopeful Crystalline tears reach the ground You scream, although, there’s no sound A breeze rustles loudly around In the meantime you scorch deeply While hopeless you’re in hound

Quem se encaixará perfeitamente à minha alma? Estaria esta boa sensação implícita a respeito do futuro correta? Porque a desmotivação me atinge todas as vezes que acordo pela manhã? Eu terei de volta aquela felicidade verdadeiramente minha algum dia? Para onde vão as esperanças perdidas? É possível que se concretize um sonho depois de ter desistido dele? E se eu ainda esperava pela concretização, eu teria realmente desistido? Eu seria otimista se fingisse ao máximo ser pessimista apenas para não cair de uma altura tão grande se falhasse, e lá no fundo ainda possuísse resquícios de expectativas? E isso seria orgulho forjado? Por quê eu me anestesio com suposições sabendo que elas não passam de sonhos e sabendo que elas me renderão uma queda ainda pior depois? Porque eu tenho tanto medo do que o amanhã poderá fazer comigo? E quem sou eu para estar receosa? Há um lugar onde eu possa esquecer todos os empecilhos e começar novamente apenas com as lições aprendidas? Eu poderia tirar os pés d...

A dúvida. Ah, a dúvida. Corrói e angustia. É ou não é? Fico ou deixo? Vamos ou paramos? Ela me tira do ponto da certeza - óbvio que eu sei que não quero - e me leva ao ponto do quero mas não tenho coragem. Medo de sofrer por você. Medo de destruir o castelo de areia. Medo de dar o passo em falso, e ser tarde demais. Tarde demais para descobrir o que eu realmente quero. Porque às vezes, cuidar em demasia de você significa entorpecer a mim mesma fechando os olhos para as vontades incertas. Ah, se eu acordasse desse sonho e tivesse as respostas na mesa de cabeceira, ordenadas de acordo com a importância da pergunta. Acordar e topar com um ser compreensível a ponto de ser não humano, a ponto de entender minhas instabilidades, e dar espaço suficiente para que eu possa dirigí-las e descobrí-las, e ao mesmo tempo, para que eu possa alcançá-lo. Acordar e ter resolvido sem derramar, ou ter feito alguém derramar uma lágrima. Acorda, Alice.

É difícil dizer O que agora mais me dói Se foi o pedaço de mim que foi contigo Ou aquele que ficou perdido Não mais lembro de você Ao fechar os olhos, Pois mesmo depois do anoitecer Se vens à minha mente, É com resquícios de indiferença Fincada em minha alma Pelas reviravoltas do tempo Já posso dizer, (Sinto afirmar) mas com nenhum prazer Que o que mais atormenta meu ser Foi porque eu mesma, por completo me entreguei ciente de tudo que haveria de perder

Ela olhava para o céu estrelado, em busca de compreensão. Sozinha, no vento frio daquela noite escura, iluminada apenas pelo fraco brilho das estrelas acima. Nem a lua, nem velas, apenas ela e a noite, que a engolia a cada minuto. Mas ela se mantinha forte, eterna. Não sairia dali enquanto não alcançasse o que almejava. Suas mãos congelavam, suas pernas tremiam. O medo era cada vez mais avassalador. Ela tentava ignorar a solidão, mas esta era iminente. Suas crenças a haviam abandonado, e ela contava apenas com a esperança própria que existia em seu interior. Sólida como nunca, ela estava certa de que ele chegaria. Em algum momento, apaziguando sua solidão, abrindo seus olhos ao sol, decifrando seus mistérios...isso com apenas um toque de mãos...Depois, traria tudo que ela precisava, toda coerência que ela pensava ter até o seu mundo de faz de conta desabar sobre si mesmo. E agora, aqui está ela. Esperando um milagre. Cansada da espera, querendo que ele chegue com tudo que possa oferece...

Ela estava morrendo. Não fisicamente, mas sua alma regredia por conta de uma emoção confusa que preenchia seu interior. Seus sentidos a traiam, fazendo-a acreditar que nada mais valia a pena. Tamanha era a desordem de sentimentos, que ela misturava amor excessiva e compulsivamente exagerado com ódio falso e sem fundamentos ou base. Confundia ciúmes por afeto com inveja por possessão. Sem um lugar para onde correr, ou uma pessoa a quem recorrer, acabava deixando que o desespero tomasse conta dela. Sabiamente, suas escolhas passaram a serem feitas na base do racionalismo, e não influenciadas pelo sentimentalismo. Ela não sabe o que (ou quem) esperar do futuro. Não sabe mais como agir diante de passos em falso. Olha sua imagem refletida no espelho. E, do outro lado do espelho, ela me vê.

"Eis me aqui, escrevendo-lhe novamente. Desta vez, não é para lhe destinar palavras que carregam carinho ou afeição. Nem para declarar sentimentos. Muito menos para mencionar a felicidade que eu possuí estando ao seu lado. Não escrevo para pedir-lhe beijos ou afagos. Há muito estou ciente de que estes estão fora de meu alcance. Estou aqui, não só pedindo, mas suplicando. Encontro-me revolta em angústia e temor. Receio que nada mais seja infinito em minha vida. Sombras tomaram o lugar daquilo que antes era contente e belo. Encontro limites a cada passo que dou, obrigando-me a voltar mais uma vez e fazê-los de novo, transformando meus caminhos em trilhas tortuosas e suspeitas. Não lhe pediria algo inalcançável, inatingível, extravagante. Mas algo que só você logrará em conceder-me. Não é algo simples, como uma quantia em dinheiro ou uma roupa cara. Nem algo físico como um beijo ou um abraço, como eu já mencionei anteriormente. É algo como o que você sente na curva vertical de uma ca...

Abra os braços, estenda as asas e prepare-se para cair. Sim, eu cairei, tu cairás, nós cairemos. Tão certo quanto a morte. Igualmente frio. Tudo que sobe, há de descer. Mas é melhor do que continuar aqui preso ao chão, certo? Muito melhor. Sinta o vento em seu rosto, sinta a alegria de estar viva novamente depois de anos de frieza e pavores. Se você tomar cuidado, não haverá queda, e muito menos ascensão. Se você mergulhar de cabeça, quem sabe? A queda pode até ser indolor se você acreditar. Acredite, minha querida, corra atrás dos seus sonhos, lute enquanto é possível. Porque pior que uma simples queda de rosto no chão, é futuramente olhar para baixo e perceber raízes aos seus pés.

A impessoalidade de algumas pessoas dentro ou não de um relacionamento me mata. Me corrói, angustia, deprime. Como eu não posso ser capaz de atingir o que parece estar tão próximo? Beira o insuportável. Fechadas dentro de si, com seus únicos pensamentos, que só elas podem ouvir...Suas idéias transcedentais, a respeito do mundo que os cercam e....eu. O que a meu respeito estaria sendo transmitido em cada sinapse de cada neurônio? Ou talvez..nada estivesse sendo pensado a meu respeito. Nada, nem uma lembrança, nem um momento, nem um toque. Nem sentimentos? Um universo inteiro é criado dentro de apenas um cérebro humano, e eu nem mesmo sou capaz de enxergar plutão olhando pela fechadura.