Espelho, espelho meu...
Ela estava morrendo. Não fisicamente, mas sua alma regredia por conta de uma emoção confusa que preenchia seu interior. Seus sentidos a traiam, fazendo-a acreditar que nada mais valia a pena. Tamanha era a desordem de sentimentos, que ela misturava amor excessiva e compulsivamente exagerado com ódio falso e sem fundamentos ou base. Confundia ciúmes por afeto com inveja por possessão. Sem um lugar para onde correr, ou uma pessoa a quem recorrer, acabava deixando que o desespero tomasse conta dela. Sabiamente, suas escolhas passaram a serem feitas na base do racionalismo, e não influenciadas pelo sentimentalismo. Ela não sabe o que (ou quem) esperar do futuro. Não sabe mais como agir diante de passos em falso. Olha sua imagem refletida no espelho. E, do outro lado do espelho, ela me vê.
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